Cirurgia Robótica para Doenças da Próstata

A Cirurgia Robótica

Trata-se de um avanço bastante grande da laparoscopia convencional . Neste caso, também através de uma técnica minimamente invasiva (pequenos orifícios na parede abdominal), utilizamos uma plataforma robótica, que fica interposta entre o cirurgião e o paciente (uma telecirurgia presencial). As pinças laparoscópicas são acopladas nos braços robóticos e o cirurgião principal fica posicionado em um console com inúmeros recursos que explicaremos adiante. A cirurgia robótica desembarcou no Brasil em 2008, portanto já são mais de 14 anos de extenso conhecimento e utilização dessa tecnologia, com enormes benefícios aprovados tanto no intra-operatório quanto no pós- operatório.

Na prática, todos os movimentos e ações do robô são comandados pelo cirurgião através de um console, que possui um par de joysticks (Fingertips) e 7 pedais (Footswitch panel), além de uma câmera com visão 3D que é capaz de amplificar a visão do cirurgião em 10 a 15 vezes. São quatro braços robóticos que vão filtrar os movimentos e comandos feitos pelo médico, corrigindo tremores , imperfeições e impossibilitando que haja fadiga. Dessa forma, temos uma cirurgia extremamente precisa e delicada , minimizando a chance de erros e eventuais danos ao paciente.

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Perguntas Frequentes

A cirurgia robótica é um método indicado para procedimentos de alta complexidade.
Por esta técnica podemos realizar prostatectomias, nefrectomias parciais ou totais, cistectomias, pieloplastias, entre outras.

O maior destaque e interesse está nas cirurgias para tratamento do câncer de próstata (prostatectomia radical) . Nesse caso retiramos a próstata e as vesículas seminais e o maior desafio é acessar a região comprometida com máxima precisão , sem comprometer a banda neurovascular e demais estruturas da região, objetivando preservar o máximo possível do complexo esfincteriano (continência urinária ) e da função erétil.
Pacientes com idade avançada e outras comorbidades também são beneficiados por estes procedimentos minimamente invasivos, pois as complicações trans e pós operatórias são menores e a recuperação tende a ser mais rápida e menos traumática, conferindo acima de tudo qualidade de vida ao paciente.

Além do grande benefício para o tratamento do câncer de próstata como explicado anteriormente, podemos também utilizar o robô para operar os pacientes que possuem próstatas bastante aumentadas (hiperplasia prostática benigna / geralmente glândulas com pesos superiores a 100 -120g ) e que não apresentam doença maligna. Ou seja, a versatilidade, a segurança e os benefícios do robô para tratamento cirúrgico de doenças da próstata é enorme. Leia atentamente abaixo :

  • Melhor campo de visão (3D amplificada)
  • Menor sangramento intra-operatório
  • Ausência de tremores pelos braços robóticos
  • Grande amplitude e angulação dos braços robóticos (7 graus liberdade)
  • Maior precisão na manipulação dos tecidos e órgãos
  • Mais conforto operatório para cirurgião / menos fadiga
  • Menor tempo operatório
  • Alta hospitalar precoce
  • Retorno às atividades diárias em menor tempo
  • Melhor qualidade de vida ao paciente

Nenhuma das técnicas cirúrgicas (aberta, laparoscópica ou robótica) está livre das complicações trans e pós-operatórias mais comuns , como sangramentos, acidentes de punção ou infecções. Todavia a Cirurgia Robótica e todo seu aparato envolvido veio para revolucionar a segurança e os resultados dos procedimentos cirúrgicos , minimizando as situações de risco, já demonstrados e publicados em diversos trabalhos institucionais.
Com o passar dos anos e com a disseminação da cirurgia robótica temos observado resultados práticos cada vez melhores em nossos pacientes. Esperamos que essa tecnologia se democratize a passos largos , apesar dos altos custos , para que possamos beneficiar um número cada vez maior de pacientes.

Vale ressaltar que temos uma equipe comprometida com a segurança do paciente em primeiro lugar. Realizamos rotineiramente uma completa avaliação pré operatória e de risco cirúrgico com o amparo de um cardiologista e anestesista.

A concepção da plataforma robótica daVinci pela empresa intuitive surgical (USA) foi colocada em prática nos hospitais americanos no ano de 2000. Desde então houve um salto exponencial no número de equipamentos em todo o mundo , tornando-se o robô davinci a grande referência para os cirurgiões . Porém novas empresas de outros países também desenvolveram novos protótipos que agora estão chegando ao mercado, tais como o Versius da empresa britânica CMR e o Hugo Ras system da Medtronic.

A ideia central é a mesma: cirurgias minimamente invasivas, pequenos orifícios, grande precisão e braços robóticos que podem ser controlados por um cirurgião . Os grandes desafios são baratear os custos, diminuir o tamanho das plataformas robóticas e democratizar o acesso. Chegaremos lá!